HOMENAGEM A OSVALDO KANZLER











                                                                    É o soldado



"É o soldado, não o padre
Que nos deu a liberdade de religião.
É o soldado, não o repórter
Que nos deu a liberdade de imprensa.
É o soldado, não o poeta
Que nos deu a liberdade de expressão.
É o soldado, não o líder estudantil
Que nos deu liberdade para protestar.
É o soldado, e não o advogado
Que nos deu o direito a um julgamento justo. 
É o soldado, não o político 
Que nos deu o direito de voto. 
É o soldado que saúda a bandeira, 
Que serve sob a bandeira, 
E cujo caixão é coberto pela bandeira, 
Que permite ao manifestante queimar a própria bandeira." 

Poema de autoria de Charles M. Province 



OSWALDO KANZLER
Foto: cedida pelo Museu da Paz



OSWALDO KANZLER (1918 – 1976)

Oswaldo Kanzler é filho de Wenceslau Kanzler (imigrante húngaro) e Rosa Sohn Kanzler. Morava em Schröederstrasse I. Construtor de profissão, como todos os irmãos.


Da esquerda é o quarto, em pé.


  
Pelo que consta, já tinha servido o exército e por isso não foi convocado para guerra, mas foi como voluntário no lugar de seu irmão Willy Kanzler que já estava casado.
Tudo indica que Osvaldo Kanzler embarcou no Rio de Janeiro dia 22 de setembro de 1944 no navio USS General Meigs P-116 que tranportava 5.230 homens. USS General M.C. Meigs (AP-116) foi um navio de transporte de tropas da Marinha dos Estados Unidos que foi usado na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coréia. Sua denominação era um homenagem ao militar Montgomery Cunningham Meigs (1816-1892).Construído em 1943 e lançado em 13 de março de 1944, foi adquirido pela Marinha em junho de 1944. O AP-116 foi um dos navios de transporte que levou três escalões da Força Expedicionária Brasileira do Rio de Janeiro para a Itália, entre setembro de 1944 e fevereiro de 1945,



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COMPANHIA DE CANHÕES ANTI-CARRO
...
C. C. III
Cap. Luiz Jucá de Melo

1º Ten. Otávio Ramos de Araujo

1º Ten. Álvaro Soares de Araujo

2º Ten. R2 Hernani Hugo Gomes

2º Ten. João Luiz Filgueiras

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Sd. Oswaldo Kanzler

...


         
                           







Na enfermaria quando foi atingido por estilhaços. Neste período não podia enviar notícias para a família e todos achavam que ele já estava morto, inclusive a família já estava de luto. Mas ele voltou e sem avisar.




O dia em que voltou para casa é lembrado por Invaldo Kanzler (sobrinho, que na época era pequeno) que morava perto e se encontrava na casa naquele dia quando o Sr. João Lúcio da Costa chegou trazendo de volta pra casa o Oswaldo Kanzler. Ele lembra da ôma espiando na janela ao perceber um carro chegando em sua casa. Ela não imaginava quem estaria chegando, e sua felicidade foi imensa. Assim também descreve o sr. Werner, irmão de Osvaldo. Todos ficaram felizes com a volta dele. 

Depois da chegada, Osvaldo Kanzler, se recolheu e ficou uma semana sem falar com ninguém e tendo delírios e mal estar. Foi difícil a reintegração social depois de tudo que viveu nos campos de batalha. Com certeza queria apagar de sua memória todo terror que vivenciou, mas as pessoas queriam saber o que aconteceu na guerra, pois as notícias que chegavam eram muito poucas e as cartas que escreviam não descreviam a realidade, pois eram censuradas, e só podia dizer que estavam bem. Foram tempos difíceis.


Pracinhas do Vale do Itapocu - Nº 75
Livro: Os Pracinhas do Vale do Itapocu de Ferdinando Piske.


Ou eu muito me engano, ou o Oswaldo Kanzler é o da esquerda...
Vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=6lgBicRmyj8


Video: https://www.youtube.com/watch?v=two63ZoETSY

Nestes dois vídeos  a seguir, encontrei  muitas lembranças do Sr. Werner e do Sr. Inwaldo, que eram contadas por Oswaldo.

Expedicionários de Jaraguá do Sul - Histórias da II Guerra  :
 https://www.youtube.com/watch?v=7Y5hODgQ6WM



Documentário: https://www.youtube.com/watch?v=q8Ct9TH_Tlo


A história do Batalhão




Logo que chegou da guerra, casou-se com Olga Demarchi que esperava por ele.





Oswaldo e Olga tiveram cinco filhas  e dois  filhos, e uma menina faleceu ainda criança.


Oswaldo Kanzler não falava sobre a guerra com a família. Esse era um assunto proibido, ele não gostava de falar sobre isso pois ficava muito nervoso. D. Olga não teve uma vida fácil, por causa das consequências que a guerra deixou na vida desse bravo soldado. O álcool e o jogo tornaram-se constante o que lhe trouxe algumas perdas. Tudo que era relacionado com a guerra era odiado por ele. Hoje é possível compreender melhor, graças as informações que são disponíveis sobre o assunto. Falar do que ele viu e viveu na Itália, era reviver o horror daqueles momentos de batalha, onde resumindo era "matar ou morrer". Oswaldo faleceu em 08.03.1976, com 58 anos.








Gentileza Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul
 

Praça do Expedicionário em Jaraguá do Sul



http://www.jaraguadosul.sc.gov.br/museu-da-paz-apresentacao







Em construção

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